quarta-feira, 4 de novembro de 2015

1) Preconceito e Discriminação

Artigo:


Preconceito e discriminação, ambos fundados em estereótipos antigos que fazem parte da história do mundo. Mais só porque fazem parte não significa que devemos ser condescendes em relação a isso. Evoluímos muito no campo cientifico, mais ano após ano há pessoas que se recusam a encarar a realidade de que temos os mesmos direitos somos seres humanos. Para a biologia tirando atribuições que o DNA de seus pais traz as suas características estéticas somos essencialmente iguais fisiologicamente nem superior nem inferior. 


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2) Segregação - Apartheid

O termo apartheid significa "separação" ou "identidade separada". Serviu para designar o regime político da África do Sul que, durante décadas, impôs a dominação da minoria branca (ou aristocracia branca) sobre grupos pertencentes a outras etnias, compostos em sua maioria por negros.

O apartheid não deve ser interpretado como simples "
racismo", pois ele foi um sistema constitucional de segregação racial que abrangeu as esferas social, econômica e política da nação sul-africana estabelecendo critérios para diferenciar os grupos.

A origem histórica do apartheid é bem antiga e remonta ao período da colonização da África do Sul. Os primeiros colonizadores bôeres (também denominados deafrikaner) compunham-se de grupos sociais europeus que vieram da Holanda, França e Alemanha e se estabeleceram no país nos séculos 17 e 18.


Ideologia nacionalista
Esses colonizadores dizimaram as populações autóctones (grupos tribais indígenas) e tomaram suas terras. Os líderes afrikaners manipularam e converteram um preceito religioso cristão, que a princípio estabelecia a segregação como uma forma de defender e preservar as populações tribais da influência dos brancos, em uma ideologia nacionalista que pregava a desigualdade e separação racial.

Os afrikaners se consideravam a verdadeira e autêntica nação (ou volk, que em alemão significa povo). A cor e as características raciais determinaram o domínio da população branca sobre os demais grupos sociais e a imposição de uma estrutura de classe baseada no trabalho escravo.



Política racial
Nas regiões dominadas por eles estabeleceu-se uma política racial que diferenciou os europeus (população branca) dos africanos (que incluía todos os nativos não-brancos, também conhecidos por bantus). Até mesmo aqueles grupos sociais compostos por imigrantes asiáticos, em particular indianos, sofreram com a política de discriminação racial.

Seria engano supor que a expansão do domínio dos afrikaners sobre a população não-branca da África do Sul foi um processo livre de conflitos. Pelo contrário, houve muitas guerras com as populações tribais que ofereceram resistência aos brancos, entre elas as tribos xhosa, zulu e shoto.

No início do século 20, a África do Sul atravessou um intenso processo de modernização que intensificou os conflitos entre brancos e não-brancos. Não obstante, a minoria branca soube explorar os conflitos intertribais que afloravam entre os diferentes grupos étnicos e isso de certo modo facilitou a avanço e domínio dos afrikaners.

O apartheid representou a transformação do racismo em lei na África do Sul - a segregação racial foi legalmente aceita entre 1948 e 1994. Foi o regime do apartheid que retirou os direitos dos negros e deu privilégios aos brancos, minoria no país. A discriminação institucionalizada teve início quando o Partido Nacional da África do Sul ganhou as eleições. Em 1949, os casamentos mistos foram proibidos. Em 1950, a Lei da imoralidade proíbe a relação sexual entre brancos e negros. No mesmo ano, a população é cadastrada e separada por raça, além de ser dividida fisicamente com a formação de áreas residenciais específicas. 


Os negros precisavam andar com cadernetas por determinação da Lei dos nativos, conhecida como Lei do passe, o documento deveria ser apresentado à polícia sempre que solicitado. Os locais e equipamentos públicos também eram segregados, placas com a indicação “Somente europeus” eram colocadas para impedir o contato com negros. 
Gueto da época do Apartheid, Soweto marca separação entre negros e brancos (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Bantustões – pátrias dentro da África do Sul
A divisão entre raças pode ser observada já em 1913 com a Lei das Terras, que dá 90% das terras aos brancos e apenas 10% aos negros. Anos mais tarde, durante o apartheid, são criadas pequenas pátrias, os bantustões, para separar as raças. Essas terras, que representavam cerca de 13% do território do país, tinham relativa independência, segundo o governo sul-africano, ainda que o exército fizesse intervenções quando as “pátrias” não atendiam aos desejos do governante da África do Sul. 
Uma das justificativas do regime do apartheid é a concepção do desenvolvimento separado, que explica que cada raça deve se desenvolver sem a mistura com outras. Com isso, os negros recebiam serviços públicos inferiores, inclusive a educação oferecida para os brancos tinha qualidade superior.   
África do Sul sofre embargo comercial em razão da política segregadora A África do Sul chegou a sofrer embargos comerciais, uma forma que os países contrários ao regime encontraram para forçar o fim da segregação. Em 1973, o apartheid foi condenado na Assembléia Geral das Nações Unidas com a assinatura do texto Convenção Internacional da Punição e Supressão ao crime do Apartheid.
Mulheres em protesto contra a segregação (Foto: Eli Weinberg)

Apesar de toda a repressão, revoltas já começavam a incomodar a segregação imposta pelos brancos. O maior líder do movimento negro na África do Sul foi Nelson Mandela. Símbolo da luta contra o apartheid, ele foi preso em 1964. Em 1985, o governo, para impedir mais revoltas, prometeu negociar com os negros assuntos de interesse comum, mas eles ainda não poderiam votar ou ter parlamento. O primeiro-ministro não aceitou libertar Mandela, que só poderia ser solto se prometesse que não haveria violência. O líder, no entanto, não aceitava condições. O grande nome da luta contra o apartheid permaneceu quase três décadas na prisão. 
Em 1989, Pieter W. Botha renuncia e Frederick de Klerk assume. Mandela sai da prisão em 1990. Nelson Mandela e Frederick de Klerk são agraciados com o Nobel da Paz em 93. No ano seguinte, os negros votam pela primeira vez e Mandela é eleito presidente do país. Nelson Mandela se tornou – mesmo estando na prisão – um grande símbolo de luta.

Principal lidere anti-apartheid: Nelson Mandela


Links para saber mais sobre o Assunto:

Segregação Racial Apartheid ( Vídeo)

 https://www.youtube.com/watch?v=zaozo_3kc-M

Apartheid: Auge e declínio do regime do Apartheid sul-africano

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/apartheid-auge-e-declinio-do-regime-do-apartheid-sul-africano.htm

Artigo: O Apartheid visível e introjetado

http://www.vermelho.org.br/noticia/152210-58

- No  Apartheid


Grupo: Gabriele Ayla, Gabrielle Souto, 
Guilherme Viana, Mateus Francisco, 
Tailaine Helena, Yandra Roque

Turma: 209


http://letras.mus.br/no-apartheid/

3) Raça - Aspectos Socioantropológicos

Toda ação preconceituosa, discriminatória ou segregacionista perpetrada contra quaisquer indivíduos e grupos por causa de origem étnica é racismo. Como teoria, tenta justificar uma superioridade étnica a partir de supostos atributos herdados biologicamente. É uma visão de mundo carregada de ideologia (pensando como falsa consciência da realidade), que esconde um fato não confessado desde aquela época: a relação de poder e dominação de determinados grupos sobre outros. Não necessariamente a raça negra, mas a qualquer pessoa.
Preconceito é um dos problemas mais graves em todo o mundo, e que as pessoas precisam se conhecerem melhor, independente de cor ou raça, sendo branco, preto, índio ou qualquer outro tipo, devemos respeitar e zelar pelo próximo.


Música- mistura da raça, Martinho da vila

(Diversidade cultural) 


https://m.youtube.com/watch?v=x0diuzQd770

4) Multiculturalismo e Ações afirmativas

MULTICULTURALISMO

Multiculturalismo é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa região, cidade ou país, com no mínimo uma predominante. O Canadá e a Austrália são exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção de uma política multiculturalista. Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a existência de outras políticas culturais seguidas, como, por exemplo, o Monoculturalismo vigente na maioria dos países do mundo e ligada intimamente ao nacionalismo. Pretende a assimilação dos imigrantes e da sua cultura nos países de acolhimento. O Melting Pot, como é o caso dos Estados Unidos e do Brasil, onde as diversas culturas estão misturadas e amalgamadas sem a intervenção do Estado.



A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural, principalmente quando esta homogeneidade é considerada única e legítima, submetendo outras culturas a particularismos e dependência. A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma ameaça para a identidade da nação. Em alguns lugares o multiculturalismo provoca desprezo e indiferença, como ocorre no Canadá entre habitantes de língua francesa e os de língua inglesa.Mas também pode ser vista como fator de enriquecimento e abertura de novas e diversas possibilidades, como confirmam o sociólogo Michel Wieviorka e o historiador Serge Gruzinski, ao demonstrarem que o hibridismo e a maleabilidade das culturas são fatores positivos de inovação.




Charles Taylor, autor de Multiculturalismo, Diferença e Democracia acredita que toda a política identitária não deveria ultrapassar a liberdade individual. Indivíduos, no seu entender, são únicos e não poderiam ser categorizados. Taylor definiu a democracia como a única alternativa não política para alcançar o reconhecimento do outro, ou seja, da diversidade.Seus opositores defendem que o multiculturalismo pode ser danoso às sociedades e particularmente nocivo às culturas nativas.





AÇÕES AFIRMATIVAS

Ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros. Portanto, as ações afirmativas visam combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado.

Na pratica, ações afirmativas são medidas estatais que visam garantir privilégios legais a grupos das sociedade que se dizem oprimidos ou sofrer com as sequelas do passado de opressão, sendo que o Brasil já possui todos direitos legais exatamente iguais para todos os cidadãos brasileiros atualmente. Mesmo assim, ações afirmativas como os sistemas de cotas nos vestibulares e concursos públicos utilizam de métodos discriminatórios, que por razões politicas não são ilegais, para segregar racialmente as pessoas durante os processos de inscrições, visando solucionar uma questão econômica com um regime de segregação racial institucionalizado.




Existem ainda ações afirmativas que são desenvolvidas fora do Estado por instituições da sociedade civil com autonomia suficiente para decidir a respeito de seus procedimentos internos, tais como partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais, escolas, igrejas, instituições privadas etc. As ações afirmativas, neste sentido podem ser temporárias ou não, dependendo das normas que as criaram.





É importante notar que as ações afirmativas não se confundem com a discriminação positiva. As primeiras são ações de incentivo e suporte para os grupos de pessoas a que se destinam, tais como a criação de cursinhos pré-vestibulares para afro-descendentes e pessoas oriundas de escolas públicas, ou a criação de horários de reuniões (em partidos políticos, sindicatos, etc.) que permitam a participação de mulheres com filhos.A discriminação positiva introduz na norma o tratamento desigual dos formalmente iguais, citando-se como exemplo a reserva de vagas de cargos públicos para deficientes físicos determinada pela Constituição Brasileira de 1988, ou ainda a reserva de uma determinada quantidade de vagas nas universidades públicas para alunos afro-descendentes ou da rede pública.Quanto à origem do termo,''ações afirmativas'' nasceu na década de 1960, nos Estados Unidos da América, com o Presidente John F. Kennedy, como forma de se referir à atos que promovem a igualdade entre os negros e brancos norte-americanos.




Música: https://www.youtube.com/watch?v=MnUi3ADgg6k

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